Não é segredo para ninguém: trabalhamos cada vez mais, descurando a nossa saúde. Conheça o perfil do candidato ao esgotamento no trabalho.

Perfil do candidato ao esgotamento
O típico candidato ao esgotamento é um indivíduo extremamente profissional, o trabalhador que dá 200%. Perfeccionista, idealista, auto-motivado e que julga ser capaz de alcançar todas as metas possíveis. Se o seu trabalho obriga ao contacto frequente com pessoas ou impõe prazos rígidos, você é um candidato provável ao esgotamento.
A origem do problema reside no traçar de expectativas demasiado altas, ou mesmo irrealistas e num estilo de vida em que o emprego é a única ocupação e o detentor exclusivo de realização pessoal e preocupações.
No início, tudo lhe corre bem, você adora o seu trabalho. Encara-o com energia, entusiasmo e as relações com os colegas e com a empresa são as melhores. Mas, de um momento para o outro, os sintomas podem aparecer e tudo pode mudar...
Sintomas - um processo evolutivo
Estará à beira de um esgotamento? Sente-se cansado, desmotivado e nervoso? Conheça todos os sintomas.
Estabeleceu aspirações muito altas e não as consegue atingir. Sente-se agitado e impaciente.
O trabalho deixou de ser agradável. Passa a encarar tudo como uma obrigação e sente falta de reconhecimento pelo trabalho que faz.
As relações profissionais começam a deteriorar-se e você afasta-se dos colegas. Este isolamento é muitas vezes fundado no seu perfeccionismo - acha-se insubstituível e quer fazer tudo por si. Culpa os outros pelo seu fracasso, criticando a organização da empresa, superiores e colegas.
A desilusão e a confusão instalam-se. Algo está mal mas você não sabe apontar os motivos que o levam a sentir-se assim.
Surge alguma insegurança que resulta num esforço profissional ainda maior. Você trabalha cada vez mais numa tentativa de que as coisas corram bem, mas não consegue... Os seus objectivos são irreais. O cansaço, a frustração e a irritação tomam conta de si.
Questiona a sua competência e começa a duvidar das suas próprias capacidades. A auto-confiança diminui drasticamente.
É normal que recorra a escapes como o sexo, álcool, uso de medicamentos e drogas. Refugia-se em festas, noitadas e em compras supérfluas.
Alteração dos hábitos alimentares e do sono. Perda de apetite e insónias - a sua saúde está debilitada e a produtividade laboral desce.
Tudo se conjuga para o seu mal-estar dentro e fora do trabalho. Perde o sentido de humor e as suas relações pessoais ressentem-se. Começa a levar os problemas para casa e a descarregar frustrações nos familiares.
O entusiasmo e a energia iniciais transformam-se em aborrecimento e fadiga crónica. Você é atingido pela depressão, solidão, ansiedade e doença física.
Numa fase terminal deste processo, o sentimento dominante é o desespero. Começa a pensar que o esforço não vale a pena e o pessimismo em relação ao futuro apodera-se de si. Só lhe apetece demitir-se e desaparecer por uns tempos.
Exaustão física, emocional e mental.
Evitar o esgotamento
São várias as medidas que pode tomar no sentido de evitar um esgotamento. Conheça-as.
Descubra-se a si próprio e o que quer da vida profissional. Estabeleça metas realistas a curto e a médio prazo. Escreva as suas conclusões.
Não faça do trabalho o centro da sua vida. A sua auto-estima não deve depender exclusivamente dos seus feitos profissionais.
Encontre o seu ritmo e procure um equilíbrio na sua vida. Evite levar trabalho para casa e invista mais na família, nas relações pessoais e nos hobbies que lhe dão prazer.
Seja exigente consigo próprio mas na dose certa. Estabeleça prioridades e concentre-se nelas. Não queira fazer tudo.
Analise e defina com precisão as áreas, os problemas e as pessoas que trazem mais pressão à sua vida. Aja no sentido de aliviar essa pressão.
A falta de comunicação no trabalho pode levar ao esgotamento. Defina os seus limites e fale com os seus colegas e superiores para que esses limites fiquem claros. Não desenvolva a ideia do que os outros esperam de si - fale, conheça e discuta o que é esperado do seu trabalho.
Aprenda a dizer não quando lhe pedem mais do que lhe é possível fazer.
Não assuma responsabilidades que não são suas. É bom ajudar os colegas mas não exagere. Aprenda a desmarcar-se com graciosidade.
Ponha de lado o seu perfeccionismo e delegue responsabilidades - você não é imprescindível para que o trabalho seja feito. Delegar responsabilidades com justiça não é um sinal de fraqueza ou de incompetência, é um sinal de inteligência e de boa gestão dos recursos humanos.
Ter um modelo a seguir pode ser perigoso. O seu modelo deve ser você mesmo com o seu ritmo, com as suas aspirações.
Desenvolva e aprofunde as suas relações pessoais. Desabafe com as pessoas certas e não acumule frustrações.
Faça exercício físico, tente dormir 8 horas por dia e alimente-se bem. Não salte refeições nem abuse de dietas rígidas.
Evite a rotina. Fazer todos os dias o mesmo trajecto para o emprego, parar sempre naqueles semáforos, sentar-se sempre na mesma secretária e começar o dia com os mesmos telefonemas... a rotina pode ser verdadeiramente desgastante. Procure diversificar o seu dia.
Torne o seu trabalho mais divertido. Seja comunicativo, interaja com os seu colegas, ouça música (pode levar consigo um walkman) e empenhe-se com gosto nas suas tarefas. Encare a vida e o trabalho com sentido de humor para que, mesmo nas alturas de stress, seja capaz de se rir de si próprio e da situação em que se encontra.
Tente cumprir primeiro aquelas tarefas que menos gosta para que não passe um dia inteiro a pensar que as tem que fazer. Se, apesar de tudo, não conseguir encontrar nada que goste de fazer, talvez precise de mudar de emprego.
Não quer mudar de emprego? Então tire férias!
fonte:expressoemprego.
oi :)
ResponderEliminaré, eu estava assim no meu último emprego, é terrível quando se quer fazer as coisas, mas ao mesmo tempo não aguenta mais.
bjos!