Quando são pequeninos são tão giros e obedecem a quase tudo, mas quando chega à fase da adolescência as coisas complicam-se. Os pais ficam mesmo à beira de um ataque de nervos...


Ainda muito novos já são um pouco rabugentos, mas nada poderia prever que mais tarde se tornariam uns verdadeiros rebeldes. Pintam o cabelo, fazem furos nas orelhas, ouvem música horrenda, fecham-se no quarto e as contas de telefone sobem drasticamente. À beira de um súbito e duplo ataque de nervos, os pais tentam proibí-los de levar a deles avante, mas isso é apenas uma conturbada perda de tempo.

A partir dos 15, 16 anos o ambiente lá por casa parece dar uma volta de 180 graus. Os filhos parecem mudar totalmente. Aquele anjinho torna-se um pequeno/grande rebelde, sem maneiras, demasiadamente silencioso, e profundamente fechado em si mesmo. Estamos a falar-lhe da adolescência, altura em que os jovens sofrem grandes modificações, algumas necessárias, outras nem por isso. Por muito estranho que pareça aos pais, estes devem saber respeitar o seu mundo, silêncio e amizades.

Para começar, aos pais provoca-lhes alguma confusão o que é que os filhos fazem tantas horas metidos no quarto. Trata-se do seu mundo! O quarto é o local onde se sentem bem, refugiados de tudo o que os rodeia, sejam dos pais ou da pressão dos amigos. Ali, meditam sobre a vida, pensam sobre as suas fraquezas e o seu papel na sociedade. Os pais devem saber respeitar este refúgio, bem como os momentos em que eles optam pelo silêncio. Ainda que tente puxar por eles, não vai ser fácil fazer um adolescente deitar algo cá para fora, se o mesmo não quiser

A Joana até é bem bonita!-pensa a sua mãe. Daí que estranhe qual a necessidade que ela tem de levar horas ao espelho, a pentear-se, ou a arranjar o seu novo brinco no nariz. De cabelo pintado, com madeixas azuis, e com as orelhas cheias de furos, a Joana era bem mais bonita ao natural-pensa a mãe. Como se isso não bastasse o seu quarto está um pranto. A cama por fazer, a roupa toda espalhada, os papéis espalhados nos quatro cantos da divisão, e por todo o lado posters de pessoas que a mãe nunca viu na vida. Este é o mundo de um adolescente, rebelde e ansioso por novas experiências.

Os pais devem saber respeitar estas mudanças, ainda que não as consigam encarar com bons olhos. Todavia, é necessário estar atento para que estas coisas habituais não se tornem mais graves, e não fujam dos limites desta fase. Aos adolescentes é habitual estarem ligadas as mudanças bruscas de humor: tanto podem estar numa depressão inexplicável, como podem levar horas a rir sem sequer perceberem o motivo.

Quando os amigos vão lá a casa, metem-se todos no quarto e ali levam horas a fio, a ouvir música ou então a segredar entre eles. Os pais jamais ousem entrar no quarto sem baterem primeiro à porta, porque senão os atritos entre si e o seu filho podem ser bem graves. Há que os respeitar e deixá-los levar a sua vida, desde que isso não os venha a prejudicar no futuro. Esta é apenas uma fase pela qual todos passam e, caso a vivam tardiamente, os efeitos podem ser muito nefastos.

Estabeleça com eles uma relação de igual para igual, esforce-se por compreendê-los e não ouse insultar os seus amigos. Mesmo que julgue que estes não são uma boa companhia, tente explicar-lho de outra forma que não pela via do insulto. O ideal é começar logo, desde muito cedo, a ouvi-los e a incentivá-los. Se só agora está a pensar nessa aproximação, saiba que já é tarde demais. Deixe passar esta fase e, à partida, tudo voltará ao normal. Contudo, a atenção deve ser sempre imprescindível, mas não confunda atenção com fiscalização!

fonte: mulher portuguesa

Sem comentários:

Enviar um comentário