O que fazer quando o seu filho nao quer tomar banho


Por volta dos dois anos, muitas crianças resistem ao momento do banho diário, que a partir dessa altura se converte numa tortura para eles e para os papás.

Depois de uma permanência de nove meses no ventre materno, tão quentinho e protegido, o bebé nasce… e tudo muda. No repentino encontro com o mundo, cheio de surpresas e de modificações, torna-se imprescindível restabelecer o contacto que o pequenito mantinha com a sua mamã enquanto estava na barriga.

Este restabelecimento começa a esboçar-se durante o parto, quando atravessa as paredes do canal vaginal, vulgarmente reconhecido por “abraço vaginal”. Depois sentirá a temperatura exterior, as mãos do obstetra, as primeiras carícias.
A partir daí, haverão outras formas, como por exemplo a amamentação e os cuidados diários, que ao propiciarem um contacto corporal irão ajuda-lo a resolver as situações menos agradáveis. É fundamental que a mamã toque no bebé, uma vez que o primeiro sistema a entrar em funções no mundo extra-uterino é o sensorial.

Estas experiências favorecem a evolução das capacidades motoras, intelectuais e emocionais, e estimulam a confiança básica do bebé ao sentir-se amado. Os mimos são tão importantes que não é exagerado dizer que ajudam o recém-nascido a defender-se melhor da doença e do stress físico e psíquico.
É claro que o momento do banho (que também permite ao papá incluir-se na actividade), associado ao estímulo das carícias, ao olhar, à voz e à água morna, é um recurso que colabora para o desenvolvimento de um psiquismo saudável.

Embora o banho seja um momento ideal para desfrutar de um momento de prazer, é normal que as crianças, por volta dos dois ou dos três anos, sintam uma repentina recusa em tomar banho. Trata-se de algo passageiro e com a sua ajuda poderá ultrapassá-lo facilmente.

Nessa idade é normal que se registe muita ansiedade nas crianças, dado que a compreensão que têm do mundo ainda está em pleno desenvolvimento. Também é uma etapa de muita imaginação, na qual começam a estar em contacto com os seus sentimentos e sabem o que significa sentir medo.

Como estas sensações surgem ou se intensificam durante a noite, é provável que sejam motivadas pelo estado emocional com que a criança fica muitas vezes a dormir, o que converte esse momento do dia no menos oportuno para tentar inverter a situação.

Se o seu filho está a atravessar uma situação assim, o melhor é dar-lhe o banho o mais cedo possível. E não se esqueça que ele necessita da sua paciência: não o force, uma vez que isso só agravaria a situação.


Um lugar grande demais

Geralmente, esses primeiros medos surgem associados ao uso da banheira da casa. Talvez porque até esse momento, o seu bebé ainda não se tinha apercebido das dimensões da mesma: sente-se demasiado pequeno dentro de um espaço enorme, e isso pode produzir-lhe ansiedade e medo. A presença de um adulto irá tranquiliza-lo e será fundamental para prevenir acidentes.

Sugestão:
apoie-o enquanto lhe dá banho, leve os seus brinquedos para a água, cante-lhe e fale-lhe, porque a voz e o olhar irão serena-lo.

O medo de fazer chichi

É frequente que às vezes os bebés façam chichi na banheira. Face a isto, alguns papás reagem com muita irritação, provocando uma grande desarmonia nas crianças, que nesta altura ainda não têm um adequado controlo dos esfíncteres. Quando isto passa, o melhor é explicar-lhe que a banheira não é o lugar onde se faz chichi, mas faze-lo de maneira que o possa entender. Se lhe grita irá assustar-se e nesse estado emocional dificilmente compreenderá aquilo que lhe quer transmitir.

Aprender a brincar

É importante não forçar a criança a permanecer na água quando está assustada, para não a atemorizar ainda mais. De modo que é fundamental a presença de um dos seus papás ou uma figura afectiva importante, que lhe possa transmitir segurança e confiança.

O ideal é que a hora do banho seja - tanto para o bebé como para os pais - uma instância de intimidade, de encontro e de comunicação agradável, mas - acima de tudo - um momento de brincadeira, e não um simples trâmite.

Há mamãs que insistem constantemente com o seu filho para que se vista, para que ande mais depressa, para que tome banho, para que acabe de comer… Mas convém lembrar que brincar não é perder tempo mas preparar-se para a vida, uma vez que através da actividade lúdica as crianças resolvem muitas situações traumáticas.
Alguns conselhos…

Para não pressionar a criança, pode encher-se primeiro a banheira, e depois o papá ou a mamã podem meter-se lá dentro (obviamente que com roupa adequada, como por exemplo um fato de banho) juntamente com alguns brinquedos que flutuem e que, pela sua forma e cores, sejam atractivos para o pequenito.

Quando o pequenito tentar meter-se na água com os brinquedos será um sinal claro de que perdeu o medo. É preciso ter paciência, porque isso pode demorar algum tempo.

É preciso lembrar que as crianças têm ritmos diferentes dos adultos… É bom nunca as apressar, porque isso aumenta a sua ansiedade e a tensão, e fará com que - certamente - da próxima vez nem sequer estejam dispostas a aproximar-se da banheira.

Conselho:
não se esqueça de que deixando o banho para os últimos momentos, o seu filho poderá sentir-se cansado e irritado, impedindo uma vivência agradável do banho.

Como garantir um banho seguro
- Coloque um tapete anti-deslizante no fundo da banheira.
- Certifique-se que a temperatura da água é adequada.
- À medida que a água da banheira vai arrefecendo, junte-lhe água quente, para evitar que tenha frio.
- Verifique que não existem correntes de ar na casa de banho.
- Evite que a criança toque nas canalizações, pois poderia queimar-se no metal.
- Nunca, nem sequer por alguns minutos, a deixe sozinha enquanto estiver dentro da banheira, uma vez que as crianças podem afogar-se mesmo em pouca água. - Não encha demasiado a banheira; com 10 a 13 centímetros é suficiente, pelo menos a princípio.


Brinquedos ideais para a hora do banho

- Aparelhos de fazer bolinhas de sabão.
- Brinquedos que flutuem na água.
- Brinquedos que permitam manipular líquidos.
- Recipientes para encher e esvaziar com água (por exemplo, caixinhas de plástico).
- Embalagens vazias de champô, sem as tampas. - Livros plásticos, à prova de água.


Para fazer do banho um momento de brincadeira

- Trata-se de alterar o convite: já não será “vamos tomar banho”, mas sim “vamos brincar na água”.

- Espuma e gel de banho para crianças “que não irritam a pele nem os olhos” são aliados da diversão. Têm aromas agradáveis e permitem fazer bolhas, uma coisa que a maioria das crianças adora.

- Divirta-se na banheira com a criança, especialmente durante os fins-de-semana, que é quando os papás têm mais tempo.

- Utilize sabonetes de formas atraentes, de cores e aromas diferentes.

- Existem champôs com personagens conhecidos. Todas as crianças têm personagens preferidos. Podem escolher juntos quais comprar.

- A hora do banho é um bom momento para criar penteados estranhos quando o cabelo ainda está com o champô. As meninas adoram. Deixe a sua filha ver-se num espelho enquanto cria esses penteados, e deixe que ela também brinque com o seu cabelo.
- Evite que o champô entre para os seus olhos, e que molhe o seu rosto.

- Convida-las a dar banho aos seus bonecos também pode ser um bom estratagema para que as meninas percam o medo. Como têm uma identificação com os seus bonecos, se a eles não acontecer nada, também não lhes acontecerá nada a elas.

fonte:forum.g-sat.net

1 comentário:

  1. Muito úteis as dicas!
    Linda a fotinho do "moço"!
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    Beijos!
    Maura

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