Escrever é uma das actividades que mais pode contribuir para o seu bem-estar

Já pensou que muitos dos problemas que tem na sua vida já foram vividos por outras pessoas? E que muitas os conseguiram ultrapassar com eficácia? E que ainda algumas delas relataram essas experiências em livros?

Nos dias de hoje, é fundamental continuar a investir na obtenção de mais conhecimentos e aquisição de competências. Muitas pessoas continuam a trabalhar com base nos mesmos conhecimentos que adquiriram há anos. É como ser lenhador e nunca afiar o machado. Assim, apesar de, por vezes, ser difícil afiar o mesmo, o que é facto é que se torna muito mais fácil e rápido posteriormente cortar uma árvore ou vencer um novo desafio.

Há quem diga que ler um livro é como ter uma conversa com o autor do mesmo e que somos a média das pessoas com quem nos relacionamos. Se assim é, não gostaria de se elevar a si própria, trazendo para as suas relações algumas das pessoas mais inteligentes e interessantes que existem? “Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és”, pelo que nada como se rodear dos melhores para também se tornar melhor.

Se isto ainda não são argumentos que cheguem, sabia que a aprendizagem contínua é um dos factores que mais está relacionado com a longevidade e a saúde mental? Nesse sentido, o meu primeiro desafio é: pense em algo que gostaria de aprender, procure um livro que a ajude e ponha mãos à obra nas próximas 24 horas. Invista em si, afie o seu machado.

Falemos agora do outro lado da moeda, a perspectiva de quem escreve. Sabia que escrever é uma das actividades que mais pode contribuir para o seu bem-estar, principalmente quando se sente “em baixo” ou perante algum desafio que a atormenta? Estudos diversos comprovam que pessoas que têm por hábito escrever regularmente são tendencialmente mais felizes. É um processo muito eficaz até mesmo em casos traumáticos, pois o acto de escrever permite à pessoa ganhar distanciamento sobre a sua “história” e, com isso, reorganizar de forma mais saudável as suas memórias, assim como as narrativas construídas à volta das mesmas.

Coloco-lhe, então, o segundo desafio: arranje um caderno e comece a escrever regularmente acerca da sua vida: o que sente, que desafios tem à sua frente, que objectivos gostaria de atingir no futuro, etc. Não precisa de o fazer diariamente. Experimente no início escrever 5 a 10 minutos, uma a duas vezes por semana. E deixo-lhe um truque: não pense. Simplesmente pouse a caneta no papel, relaxe e deixe surgir as palavras. Não se preocupe se as mesmas não fizerem sentido, não está a concorrer para prémio Nobel da Literatura... Deixe apenas fluir...

Escreva para si, consigo.

Fonte de texto: sapo

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