Homens: como fazê-los falar de sentimentos? Há um longo caminho a percorrer e a mulher tem um papel importante.


. Preste-lhe mais atenção, ouça-o mais e mostre verdadeiro respeito pelas características da personalidade dele. "Quando falamos com alguém e percebemos que essa pessoa está a tomar toda a atenção e a respeitar a forma de pensar e valores pessoais, sentimo-nos acarinhados e respeitados. Não é preciso muito mais que isto. A escuta activa faz vir o afecto ao de cima", diz a psicoterapeuta.

. Não entre no esquema de lhe perguntar constantemente "O que é que tens, fala comigo!" Ele só vai sentir-se mais pressionado. Aceite que há momentos para falar e que nem todos têm a sua capacidade de verbalizar sentimentos.

. Em vez de o criticar gratuitamente, convide-o primeiro a expressar sentimentos. "Queres falar sobre o assunto?" ou "O que sentes com essa situação, qual é a tua dificuldade em falar?"

. Conte-lhe algo que é verdadeiramente íntimo para si: as alegrias, um trauma do passado, memórias de infância, a razão das suas tristezas. Partilhe a informação afectiva que interessa à vossa relação e que, normalmente, se coíbe de mostrar. Estará a encorajá-lo a fazer o mesmo.

. Incentive-o a expressar-se os sentimentos, longe da sua presença. Escreva um e-mail ou uma carta a explicar o que sente por si, o que pensa da vossa relação. Deixe claro que espera resposta. Pode facilitar, numa fase inicial de treino de competências emocionais.

. Não ponha as questões que a incomodam debaixo do tapete. "O conflito é necessário e importante", aponta Rosário Gomes. "É com ele que a evolução da relação acontece, mas é essencial que venha acompanhado de capacidade de resolução." Faça-lhe ver que não gostou de um certo comportamento e o que isso a fez sentir. Dê-lhe a oportunidade de dizer qual era a intenção dele e de se explicar.

. Não despreze a ajuda profissional. Numa primeira fase, o homem pode sentir-se mais à vontade a sós com o terapeuta, para se perceber um pouco melhor e, só depois, se passa à fase de ajuda ao casal. "Temos que identificar o problema antes intervirmos: se está na individualidade ou na sintonia da relação e da partilha", analisa Rosário Gomes.

 fonte: activa

Sem comentários:

Enviar um comentário